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GP de Fórmula 1 deixa quase R$ 2 bilh?es na economia de S?o Paulo Fórmula 1 Valor Econ?mico.txt
Quando a última das 71 voltas na pista de 4.325 metros se completou,órmuladeixaquaseRbilh?esnaeconomiadeS?oPauloFórmulaValorEcon?roleta circular a velocidades que ultrapassam os 300 km/h, outro Grande Prêmio S?o Paulo de Fórmula 1 se encerrava com resultados que v?o além dos muros de Interlagos. Dos setores hoteleiro, de alimenta??o e entretenimento às áreas de saúde e telecomunica??es, os rastros dos carros que “voam” grudados ao ch?o se traduzem no impacto econ?mico de R$ 1,96 bilh?o que a prova deixou na cidade, segundo dados da Funda??o Getulio Vargas (FGV) divulgados na quinta-feira (7). Turistas -sete em cada dez eram de fora da capital, e 15,8%, do exterior- pagaram de R$ 465, pela arquibancada descoberta, a R$ 26 mil, para chegar ao autódromo de helicóptero, movimentam a economia local. Além, é claro, dos reflexos, tangíveis ou n?o, às marcas que patrocinam o evento e promovem a??es nos três dias de treinos e prova. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); Segundo a organiza??o da prova, cada real investido gerou outros R$ 6,99 para a cidade. “Investimos mais de R$ 163 milh?es em obras no autódromo para que os f?s de dentro e fora de S?o Paulo tenham sempre uma experiência à altura do Grande Prêmio”, diz o prefeito Ricardo Nunes. Leia mais Corrida de Fórmula 1 atrai f?s mais jovens e mulheresSenna é homenageado dentro e fora das pistasEquipes de Fórmula 1 já tiveram patrocínio de cigarro, funerária e grupo popAutódromo de Interlagos se moderniza e n?o se limita só a corridas A disputa pode ser o principal motivo que levou 291 mil pessoas ao autódromo -uma alta de 9,25% frente a 2023, mesmo sem brasileiros na competi??o-, mas n?o é a única. Em áreas como o paddock, a mais exclusiva, há quem vá para ver e ser visto, fazer networking ou apenas celebrar e aproveitar com família e amigos. Nos locais restritos a convidados, executivos e parceiros comerciais estreitavam la?os. A prova realizada há cinco décadas no Brasil, com uma curta passagem pelo Rio de Janeiro, deve seguir em solo paulistano ao menos até 2030, como o chefe executivo da Fórmula 1, Stefano Domenicali, confirmou em 2022. Para a atual administra??o municipal, o espa?o traz recursos à cidade. Neste ano, foram arrecadados R$ 282,4 milh?es em tributos federais, estaduais e municipais, segundo o levantamento da FGV, alta de 9,5% na compara??o anual. [F1] assegura a proje??o de S?o Paulo para milh?es ao redor do mundo” — Alan Adler Além das experiências criadas por patrocinadores, a organiza??o da disputa investiu também na experiência do público, com a cria??o de uma fanzone, apresenta??o de nomes como o DJ Alok e o sambista Jorge Arag?o e a??es para celebrar o legado de Ayrton Senna. No último domingo (3), duas horas antes do início da prova vencida pelo piloto holandês Max Verstappen, da Red Bull, a homenagem que colocou Lewis Hamilton no cockpit da McLaren MP4/5B, dirigida por Senna no bicampeonato de 1990, emocionou a multid?o de f?s. Nem mesmo a chuva esfriou o público. De acordo com Alan Adler, CEO da Brazil Motorsport, controlada pela Mubadala Capital e promotora da etapa brasileira, a prova “conjuga o esporte de alto nível com entretenimento de alta qualidade”, o que também refor?a a visibilidade de S?o Paulo como um dos principais destinos turísticos da América Latina. “ Quando mensuramos a proje??o da cidade de S?o Paulo no mundo, chegamos ao número US$ 445 milh?es [R$ 2,5 bilh?es]”, afirma o executivo. A FGV e o Observatório de Turismo e Eventos de S?o Paulo, da SPTuris, apontam que o gasto médio por turista na cidade vem subindo. Neste ano, a previs?o - o resultado final ainda n?o foi divulgado - era que cada visitante deixaria em S?o Paulo, em média, R$ 4.689 em quatro dias. Os amigos Pedro Melo e Carla Rodrigues, da regi?o de Rio Preto (SP), ficaram cinco dias na capital, com direito a compras, restaurantes, passeios e “baladas”. No autódromo, nada de camisetas com os nomes de pilotos ou escuderias. Apesar do tempo nublado, óculos de sol, roupas leves e bem-alinhadas, de acordo com os mais de R$ 1 mil que desembolsaram para o evento. “A gente gosta e acompanha o campeonato, claro, mas é um evento que tem mais do que isso”, diz Melo. “Ontem [sábado], apesar da chuva, deu para se divertir. N?o precisa vir bem-vestida se n?o quiser, mas eu gosto e é um ambiente em que isso cabe”, complementa a amiga. Público paga de R$ 425, pela arquibancada descoberta, a R$ 26 mil para ir à prova de helicóptero Até aqui, de acordo com os dados da SPturis, o dinheiro parece estar sendo gasto sem arrependimentos. Entre os atrativos paulistanos avaliados pela última pesquisa, e as condi??es encontradas na cidade, a gastronomia aparece no topo das avalia??es. Para 80% dos 1.219 entrevistados em 2023, esse é um item classificado como ótimo, a mais alta avalia??o do levantamento. Essa percep??o refor?a a importancia da prepara??o do setor. O GP faz parte do calendário de eventos oficiais da cidade. Bares e restaurantes, com expectativa de aumentar em 10% o faturamento neste ano, come?aram a se preparar há cerca de um mês. Para dar conta do movimento maior, novas contrata??es foram feitas nas últimas semanas. Vida noturna, op??o de compras e op??es culturais também est?o entre as melhores avalia??es. Para 28,7% e 29,5% dos turistas, no entanto, a sensa??o de seguran?a e a limpeza urbana, respectivamente, s?o apenas regulares. O prefeito atribui essa percep??o ao passado. “A gente acaba, algumas vezes, tendo uma imagem lá fora com rela??o a problemas que nós tínhamos. Esse esfor?o que nós fazemos para ampliar nosso efetivo, tanto da Guarda Metropolitana quanto da Polícia Militar, vai mudando essa percep??o. N?o tenho dúvida nenhuma que a percep??o neste ano será bem melhor. N?o temos tido ocorrências”, diz. A importancia de melhorar a avalia??o da sensa??o de seguran?a se torna ainda maior quando se constata que a F1 está atraindo cada vez mais o público feminino. Dos 25 milh?es de brasileiros que passaram a acompanhar a prova neste ano, as mulheres s?o 51%, aponta um levantamento do Ibope Repucom. Ponto central na cadeia econ?mica que gravita em torno do GP, o setor de hotéis e plataformas também teve impacto positivo. Segundo a Associa??o Brasileira da Indústria de Hotéis de S?o Paulo (Abih-SP), na semana anterior à prova a ocupa??o hoteleira na cidade estava em 89,75%. Para Adler, a transmiss?o da corrida, que chega a mais de 180 países, contribuiu. “Assegura a proje??o positiva da cidade de S?o Paulo para milh?es de pessoas ao redor do mundo e com certeza contribui para a atra??o de turistas para a cidade”, afirma. Neste ano, por exemplo, argentinos vieram a S?o Paulo acompanhar o conterraneo Franco Colapinto, da Williams, lotando bares da cidade. Em Interlagos, porém, os hermanos n?o puderam vê-lo cruzar a linha de chegada. Colapinto bateu forte e teve de abandonar a corrida.
