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Chás revela??o de autismo viralizam nas redes sociais e acendem debate sobre diagnóstico

Vídeos de chás revela??o de condi??es neurológicas como Transtorno do ásrevela??odeautismoviralizamnasredessociaiseacendemdebatesobrediagnóclube de poker ribeirao pretoEspectro Autista (TEA) e Transtorno do Déficit de Aten??o e Hiperatividade (TDAH) têm viralizado nas redes sociais e preocupado especialistas.

Em uma das grava??es, familiares aparecem em uma festa com bolo e até bal?o antes de revelarem o resultado de um diagnóstico. .

Para a neuropsicóloga Carolina Braga, o debate sobre ambos os temas deve ser feito de forma séria, de forma com que n?o ocorra o enfraquecimento do tema. .

Vídeos de chás revela??o de condi??es neurológicas como Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno do Déficit de Aten??o e Hiperatividade (TDAH) têm viralizado nas redes sociais e preocupado especialistas (veja o vídeo acima). Em S?o Carlos (SP), dois irm?os adolescentes contam que há anos enfrentam a banaliza??o desses temas.

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Em uma das grava??es, familiares aparecem em uma festa com bolo e até bal?o antes de revelarem o resultado de um diagnóstico.

A ocasi?o teve, ainda, broches personalizados com os seguintes textos: "Parabéns pelo TDAH" e "Parabéns pelo autismo". Em outro vídeo, um grupo de jovens tenta adivinhar o que consta no laudo da amiga.

1 de 4 Para a neuropsicóloga Carolina Braga, o debate sobre ambos os temas deve ser feito de forma séria — Foto: Fábio de Souza/EPTV

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Para a neuropsicóloga Carolina Braga, o debate sobre ambos os temas deve ser feito de forma séria, de forma com que n?o ocorra o enfraquecimento do tema.

"Falar sobre o diagnóstico em redes sociais ou outros contextos é muito importante, mas a forma com que a gente vai falar é muito importante, também, porque a gente precisa validar o sofrimento de pessoas que têm essa condi??o. E, quando a gente coloca isso como mais um 'status' ou uma comemora??o, a gente está desqualificando a luta de pessoas que est?o buscando inclus?o, direitos e qualidade de vida adequada", comentou a especialista.

Banaliza??o do tema

2 de 4 Chás revela??o de autismo viralizam nas redes sociais e acendem debate sobre diagnóstico — Foto: Reprodu??o/EPTV

Ainda de acordo com a psicóloga, a divulga??o dos vídeos citados acima contribui para a banaliza??o do discurso.

Entre janeiro e maio de 2025, foram 36.485 atendimentos em unidades do Sistema único de Saúde (SUS) para diagnóstico de autismo e TDAH, apontam dados obtidos pela EPTV, afiliada da TV Globo.

O número corresponde a um aumento de 12% em rela??o ao mesmo período do ano passado.

"Quando a gente vai de fato confirmar esse diagnóstico, a gente precisa ter muita cautela. [é necessário] Procurar profissionais que, de fato, tenham um repertório para esse tipo de avalia??o", disse a especialista.

Dor de quem passa na pele

3 de 4 Chás revela??o de autismo viralizam nas redes sociais e acendem debate sobre diagnóstico — Foto: Fábio de Souza/EPTV

Os irm?os Thales e Alice Muniz Zequini disseram que lutam há anos contra a banaliza??o das pautas.

Aos 17 anos, Thales, que é autista, conta que costumava a sofrer bullying e também a ser excluído de intera??es sociais na infancia.

"Eu era às vezes excluído por alguma das crian?as, já sofri bullying por causa de professor. Com isso, minha m?e, meu pai, toda a minha a família me ajudou a batalhar pelos meus direitos", disse Thales.

A irm? dele, que descobriu o diagnóstico para TDAH em 2023, também já passou por situa??es semelhantes.

"Eu n?o parava quieta. Saía na rua toda hora, n?o parava. Também as dificuldades que eu tinha na escola, o bullying. Acho que suspeitavam desde que eu era pequena e eu me sentia diferente", afirma a estudante, que diz ter recebido com "alívio" o diagnóstico.

Apoio familiar

4 de 4 Chás revela??o de autismo viralizam nas redes sociais e acendem debate sobre diagnóstico — Foto: Fábio de Souza/EPTV

Thales e Alice s?o filhos da terapeuta Gabriela Muniz e do representante comercial Alexandre Zequini. Sem muitas informa??es no come?o, ele afirma que teve de deixar os preconceitos de lado para entender o diagnóstico do filho.

"No come?o, eu tive um pouco de dificuldade para aceitar o diagnóstico, porque acho que faltava instru??o. Hoje, consegui compreender, entender, e aceitar tudo isso que ele passava", comentou.

A terapeuta ressalta que a família cumpre papel primordial na rede de apoio dos filhos. Ela vê com preocupa??o vídeos de chás revela??o como esses ganharem espa?o nas redes sociais.

"Tudo se leva para o lado da descontra??o, mas a gente tem que tomar cuidado com a banaliza??o de algo que é extremamente sério. Corre o risco de entenderem algo como uma grande 'brincadeira'", finalizou.

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