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Vale inicia obras na 13a barragem a montante a ser descaracterizada

1 de 1 Dique 2 recebeu obras de refor?o para aumentar estabilidade — Foto: Vale/Divulga??o

Com o compromisso de eliminar as 30 barragens construídas pelo método de alteamento a montante no Brasil,chá de quina quina desce a menstrua??o o mesmo da estrutura rompida em Brumadinho (MG), a Vale iniciou as obras no Dique 2 do Sistema Pontal, em Itabira (MG). A estrutura será a 13a a ser descaracterizada pela empresa desde 2019 - o que deve ocorrer ainda este ano.

Localizada na Mina Cauê, a estrutura será a sexta a ser descaracterizada só em Itabira. Inicialmente prevista para 2024, a obra teve a conclus?o antecipada com os avan?os no desenvolvimento da engenharia dos projetos e das obras preparatórias.

Sem receber rejeitos desde 2019, o dique é uma das 18 estruturas da empresa que ainda passar?o pelo processo de descaracteriza??o, em atendimento às legisla??es federal e estadual vigentes sobre seguran?a de barragens.

Estrutura interna do Sistema Pontal, atualmente em nível de emergência 1 do Plano de A??o de Emergência de Barragens de Minera??o (PAEBM), o Dique 2 recebeu obras de refor?o para aumentar a estabilidade.

Assim como ocorre em todas as estruturas geotécnicas da empresa, o dique e a barragem s?o monitorados 24 horas por dia, sete dias por semana pelo Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG) da Vale, além de passarem por inspe??es rotineiras de equipes internas e externas.

As obras acontecem em área interna da empresa e todo o transporte de materiais e equipamentos é realizado por meio de acessos internos, sem impactos nas vias locais.

No pico do trabalho, devem ser gerados cerca de 200 empregos, entre diretos e terceirizados, com prioriza??o para a contrata??o de m?o de obra no próprio município de Itabira (MG) e regi?o.

Avan?o no Programa de Descaracteriza??o

Uma das principais a??es da Vale para evitar que rompimentos como o de Brumadinho voltem a acontecer, a elimina??o das barragens a montante também faz parte de um processo de mudan?a na gest?o de barragens da companhia desde 2019.

De lá pra cá, foram investidos cerca de R$ 5,8 bilh?es no Programa de Descaracteriza??o e eliminadas 12 estruturas (nove em Minas Gerais e três no Pará), o que corresponde a 40% do total - número atingido quando cinco delas foram completamente descaracterizadas em 2022.

As obras s?o complexas, trazem riscos e, por isso, as solu??es s?o customizadas para cada estrutura. O processo é realizado de forma cautelosa, tendo como prioridade, sempre, a seguran?a das pessoas, a redu??o dos riscos e os cuidados com o meio ambiente.

Todas as barragens a montante da empresa no Brasil est?o inativas e s?o monitoradas permanentemente. As a??es implementadas nessas estruturas s?o objeto de avalia??o e acompanhamento pelas assessorias técnicas independentes, que fazem parte dos Termos de Compromisso firmados com os Ministérios Públicos Estadual e Federal, Funda??o Estadual do Meio Ambiente (FEAM) e Estado de Minas Gerais.

Itabira já teve metade das barragens a montante eliminadas

Só em Itabira, onde fica o Dique 2, cinco estruturas a montante já foram eliminadas (de um total de 10 do tipo no município). A barragem Ipoema, nas Minas do Meio, e o Dique 3, também do Sistema Pontal, tiveram as obras concluídas em setembro do ano passado. Antes, os Diques 4 e 5 do Sistema Pontal e o Dique Rio do Peixe também haviam sido descaracterizados.

Além disso, para aumentar a seguran?a e reduzir impactos em caso de emergência, foi construída preventivamente uma Estrutura de Conten??o a Jusante (ECJ) para a realiza??o das obras de elimina??o dos diques Minervino e Cord?o Nova Vista, da barragem do Pontal.

Para sua constru??o foi utilizada tecnologia japonesa de tubos metálicos por um método que reduz a vibra??o, gera??o de poeira e ruído. A ECJ Coqueirinho, como é chamada, assim como as demais construídas pela Vale, observa normativa da Agência Nacional de Minera??o (ANM) no que se refere à ado??o de medidas para aumentar a seguran?a durante a fase de obras de descaracteriza??o.