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Mudas de árvores amea?adas de extin??o s?o produzidas em viveiro no ES

Mudas de doze espécies s?o produzidas em um viveiro da Ufes,árvoresamea?adasdeextin??os?resultado mega-sena 1990 em S?o Mateus, após coleta de sementes nas regi?es onde s?o identificados exemplares da planta.

Depois de cada unidade ser acompanhada e crescer saudável, é feita a reintrodu??o de cada uma em unidades de conserva??o do Norte do estado.

O projeto coloca o ES na vanguarda da conserva??o ambiental no Brasil, sendo um dos primeiros estados a produzir mudas de espécies amea?adas para reflorestamento.

Um viveiro localizado no campus da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em S?o Mateus, no Norte do estado, é a aposta de pesquisadores para devolver à natureza árvores raras e que est?o na lista de extin??o.

Mudas de doze espécies s?o produzidas no local, após coleta de sementes nas regi?es onde s?o identificados exemplares da planta. Depois de cada unidade ser acompanhada e crescer saudável, é feita a reintrodu??o de cada uma em unidades de conserva??o do Norte do estado.

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O professor Carlos Eduardo Molinario Poloni destacou a importancia da conserva??o ex situ, ou seja, a prote??o das espécies fora de seu habitat natural.

“O principal objetivo do projeto é justamente a fazer a conserva??o ex situ, ou seja, a prote??o de espécies fora do seu habitat natural. A gente traz ela pra cá, para fazer o processo de propaga??o, de produ??o de mudas, para depois a gente fazer a restaura??o desses ambientes degradados”, explicou.

1 de 3 Jueirana-fac?o é encontrada nos municípios de Sooretama e Jaguaré. Espírito Santo. — Foto: TV Gazeta

Entre as espécies que est?o sendo estudadas e cuidadas no projeto, a jueirana-fac?o se destaca, por ser uma recém conhecida dos pesquisadores, descoberta apenas em 2017.

Essa árvore pode atingir até 30 metros de altura e só ocorre em fragmentos de Mata Atlantica no Norte do Espírito Santo, mais especificamente entre os municípios de Sooretama e Jaguaré.

Com menos de 100 indivíduos encontrados na natureza, a árvore é extremamente rara e sua preserva??o é uma prioridade.

O aluno de agronomia da Ufes, Michael Douglas, relatou as dificuldades enfrentadas no manejo dessa planta, devido ao pouco tempo de contato com a espécie.

“A gente tá tendo muita dificuldade, tanto na germina??o, que 50% se perde, como depois dela adulta. às vezes já está acontecendo o amadurecimento e ela acaba morrendo. A gente ainda n?o conseguiu elucidar o porquê disso”, afirmou Michael.

Outras espécies

2 de 3 Braúna preta é uma das mudas cultivada em viveiro da Ufes, em S?o Mateus. Espírito Santo — Foto: TV Gazeta

Outra planta do viveiro da Ufes, também em extin??o, porém mais conhecida, é a braúna preta. Por ser considerada uma madeira duradoura, esse é o motivo atribuído para a extra??o em excesso do ambiente. é uma planta de difícil propaga??o e tem crescimento lento.

“Ela tá dentro de um viveiro, com todas as condi??es ideais, e ainda está com baixo crescimento, uma baixa taxa de crescimento vegetativo. é uma planta que vai demorar mais de um ano para ir para campo”, apontou o aluno.

Entretanto, no viveiro também há também mudas com desenvolvimento acelerado, o que anima os pesquisadores. é o caso da palmito jussara. A espécie faz parte da lista de raras desde 2014 e passou a ser considerada extinta por causa da extra??o de palmito.

No caso dela, o registro no viveiro é de baixa mortalidade e quase todas germinam.

3 de 3 Mudas de árvores em extin??o s?o cultivadas em viveiro da Ufes, em S?o Mateus. Espírito Santo — Foto: TV Gazeta

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Pioneirismo

Além da Universidade Federal do Espírito Santo, o projeto acontece em parceria com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), o Jardim Botanico do Rio de Janeiro, o Instituto Nacional da Mata Atlantica (INMA) e a Embrapa Agrobiologia.

A iniciativa coloca o Espírito Santo na vanguarda da conserva??o ambiental no Brasil, sendo um dos primeiros estados a produzir mudas de espécies amea?adas para reflorestamento.

Produtores rurais interessados nas mudas podem procurar a Ufes, que também mantém aberto o Jardim Botanico do campus S?o Mateus para visita??o pública.

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