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Investimento em IA, robótica e big data levam Einstein ao topo do ranking Valor Inova??o Inova??o Valor Econ?mico.txt
Investimentos de R$ 900 milh?es em seis anos incluem uso da robótica em cirurgias — Foto: Fábio H. Mendes/Divulga??o A presen?a de destaque do óticaebigdatalevamEinsteinaotopodorankingValorInova??oInova??oValorEcon?resultado da quina do concurso4305Einstein no anuário Valor Inova??o Brasil, que identifica as 150 empresas mais inovadoras do país, tem sido recorrente nos últimos sete anos. Em 2024, no entanto, a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein deu alguns passos à frente, assumindo o primeiro lugar entre as dez companhias que mais avan?aram em pesquisa e desenvolvimento, com resultados transformadores para os setores onde atuam. A mudan?a da terceira coloca??o, obtida em 2023, para a lideran?a foi resultado de processo que demandou investimentos de cerca de R$ 900 milh?es em tecnologia de última gera??o nos últimos seis anos, incluindo o montante previsto até dezembro de 2024. Inteligência artificial, robótica, big data e algoritmos s?o exemplos de ferramentas que perpassam a gest?o do ecossistema de saúde e chegam aos centros cirúrgicos, consultórios e laboratórios. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); “A inova??o deixou de ser uma ilha isolada e passou a ter profissionais em todas as áreas”, diz Sidney Klajner, presidente do Einstein. Resultado: diagnósticos mais precisos, preven??o mais efetiva de doen?as, redu??o de reinterna??es, além de aumento na eficiência da gest?o. “Muitas apostas acabam gerando transforma??o de cultura dentro da organiza??o. Difícil hoje, em qualquer gargalo da opera??o, as áreas n?o pensarem em solu??es que passem por algoritmos e IA.” Maior centro privado de pesquisa e em número de artigos publicados do Brasil, segundo Klajner, o Einstein traz no currículo contato com mais de 2,5 mil startups de saúde desde 2014, quando iniciou o processo de inova??o, em seu centro tecnológico. Em 2018, criou a Eretz.bio, incubadora que já acelerou 140 startups, em parcerias que resultaram em cerca de 80 patentes e softwares. Hoje, 42 startups participam do programa de incuba??o. Em 2023, a plataforma de servi?os para valida??o e incorpora??o de tecnologias inovadoras desenvolveu 171 projetos com startups nacionais e de mais de 20 países. “A pesquisa em inova??o protege a propriedade intelectual e contempla solu??es de saúde relevantes n?o só para o Einstein, mas também para o país”, diz Klajner, cirurgi?o do aparelho digestivo que diariamente chega ao hospital, em S?o Paulo, às 6 da manh? para operar seus pacientes, antes de vestir as roupas de gestor. No ano passado, o Einstein investiu 5% da receita em inova??es tecnológicas. Foram R$ 240 milh?es destinados a startups, pesquisas, projetos do Proadi-SUS com foco em inova??o, robótica, Cerner Millennium (prontuário digital) e transforma??o digital. O retorno, no sentido mais amplo, é intangível, mas há dados que demonstram sua efetividade: mais de 80% das metas estabelecidas nas estratégias de inova??o s?o atingidas. Além disso, os contratos assinados com startups geraram receitas de R$ 10,7 milh?es no ano passado, valor 300% superior ao de 2022. Mudan?as relevantes s?o observadas na prática, tanto com benefícios à saúde de pacientes quanto na gest?o do hospital. Na área de diagnóstico, uma das novidades, fruto da parceria do Einstein com a startup coreana Lunit, foi a cria??o, no ano passado, de sistema de reconhecimento de altera??es em imagens de raio-X de tórax. “O algoritmo mostra altera??es que, às vezes, n?o s?o perceptíveis por médicos que n?o sejam especialistas. Um socorrista que pedir esse exame de raio-X conseguirá chegar a um melhor diagnóstico, porque o sinal de alerta o levará a investigar de forma mais aprofundada aquele paciente”, diz Klajner. Só em 2023, mais de 20 mil imagens foram processadas. Outra parceria com startup, no caso a portuguesa Speculum, resultou na cria??o de um software capaz de analisar exames de cardiotocografia em gestantes e detectar a possibilidade de sofrimento do bebê durante o trabalho de parto. A falta de oxigena??o cerebral, de acordo com a Organiza??o Mundial da Saúde (OMS), é a terceira causa de morte neonatal, além de poder causar sequelas permanentes aos bebês sobreviventes. “A startup criou algoritmo que faz a compara??o em tempo real. Há muita coisa em medicina que o cérebro é incapaz de perceber”, afirma o presidente. Sidney Klajner, presidente: diagnósticos precisos reduzem tempo de interna??o em 15% — Foto: Ana Paula Paiva/Valor Atento a esse desafio, o Einstein também criou algoritmo capaz de identificar deteriora??o clínica em pacientes monitorados em unidades semi-intensivas oito horas antes de o problema se manifestar. A soma dos dados captados pelo algoritmo permite alertar os médicos sobre a tendência de agravamento do quadro clínico, levando o profissional a agir antes que o paciente piore. “S?o altera??es imperceptíveis durante uma visita médica”, explica Klajner. Outro uso trazido pela inova??o é a possibilidade de se prever indica??o de síndrome metabólica por meio de exame de sangue. O algoritmo alerta que, sem mudan?a de hábitos e alimenta??o, aquele paciente terá problemas em futuro próximo. “Nos permite enxergar um filme, e n?o uma foto daquele momento”, diz o médico. Há no Einstein mais de cem algoritmos desenvolvidos internamente em todos os setores, como os de processos e gest?o. Hoje, segundo Klajner, já é possível saber, em 30 minutos, se um paciente que chega ao pronto atendimento será internado, antes mesmo de o médico solicitar o procedimento. “Os algoritmos conseguem avisar o setor de interna??o se é para reservar um leito ou n?o. Com isso, o paciente n?o precisará esperar. Com a antecedência, o encaminharemos para a área adequada.” A prática demonstra que diagnósticos precisos reduzem em 15% o tempo de interna??o. “Ganhamos 186 leitos pela maior eficiência, sem aumento de infraestrutura”, diz Klajner. A mesma expertise permitiu criar agendamento de cirurgia a partir de inteligência artificial. Algoritmos identificam o tempo médio da cirurgia, os aparelhos que ser?o utilizados, a distancia entre o local de interna??o e o centro cirúrgico e, em casos de cancelamento, realizam novo agendamento e reorganizam a ocupa??o das salas de modo a evitar ociosidade e atrasos. “O sistema inteligente gerou quatro a cinco agendamentos de cirurgia a mais por dia.” Outra inova??o permite identificar pacientes com alto risco de reinterna??o após a alta, que passam a ser acompanhados de forma diferente. A média de cem cirurgias diárias chegou a 200. A institui??o conta, hoje, com 64 unidades entre hospitais e ambulatórios, das quais 35 no setor público. Mantém 15 centros de ensino, médio e universitário, em quatro Estados, uma unidade de pesquisa em S?o Paulo e quatro hubs de inova??o, incluindo o mais recente, em Manaus (AM). Como contrapartida à isen??o fiscal obtida por ser entidade filantrópica, executa projetos no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional (Proadi) do SUS. Em um deles, assiste a popula??o das regi?es Norte e Centro-Oeste em munícipios onde o trajeto a um centro médico leva até 24 horas. Com telemedicina, realizou mais de 200 mil atendimentos. Cerca de 90% dos casos foram solucionados sem deslocamento. Desde 2009, a empresa investiu R$ 3,4 bilh?es em projetos com o SUS. Acessibilidade é um dos temas em pauta, que caminha paralelamente a pesquisas de última gera??o, como a de sequência genética desenvolvida no centro de medicina de precis?o do Einstein. Hoje, já é possível identificar pacientes oncológicos que podem ser operados com êxito por meio de análise genética e aqueles para quem o procedimento será inútil. “Ainda há muito a descobrir, mas a análise do genoma será o futuro da saúde”, diz Klajner. Prêmio Valor Inova??o 2024: Valor Inova??o: Albert Einstein é a institui??o mais inovadora do país Investimento em IA, robótica e big data levam Einstein ao topo do ranking Valor Inova??o No 2o lugar, Suzano centra aten??es em opera??o sustentável Usina de ideias coloca Dexco no 3o lugar do ranking Monitoramento climático estimula descobertas e Energisa é 4a mais inovadora Quinta empresa mais inovadora, Grupo Boticário usa neurociência na cria??o de fórmulas de beleza CNH Industrial é a sexta do ranking, com solu??es para o campo Sétima colocada, Claro Brasil tem o desafio de avan?ar na área de telecom WEG é a 8a empresa mais inovadora do país e sente efeito nos negócios Nona mais inovadora, Microsoft quer um copiloto de IA para cada celular do planeta No 10o posto do ranking, Embraer desenha aeronaves do amanh? Confira as 10 empresas mais inovadoras do Brasil As cinco empresas mais inovadoras em 25 setores da economia
