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Estátuas de Aleijadinho s?o danificadas por poeira provocada pela minera??o; moradores reclamam da qualidade do ar

O Cidades e Solu??es deste domingo (20) discutiu as quest?es críticas da qualidade do átuasdeAleijadinhos?odanificadasporpoeiraprovocadapelaminera??valores das cores das fichas de pokerar em várias partes do Brasil e do mundo, destacando o impacto na saúde e no meio ambiente. Em Congonhas (MG), a poeira causada pela minera??o intensiva está afetando esculturas históricas do mestre Aleijadinho, que est?o sendo corroídas.

“Os Doze Profetas”, criados entre 1800 e 1805, ficam no Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos em uma área privilegiada na parte mais alta da cidade. Ao passar a m?o na base da estátua, é possível ver um pó marrom que sai do monumento (veja imagem abaixo).

“Santuário que tem obras de arte de valor incalculável, como os profetas de Aleijadinho que est?o carcomidos pela ferrugem e a gente vê que essas obras hoje est?o perdendo as suas características originais, degradando por causa da poeira que além de atacar fisicamente, quimicamente a estrutura da pedra sab?o, provoca inúmeros males à saúde das pessoas aqui em Congonhas”, destaca o professor do IFMG, Daniel Neri

1 de 3 “Os Doze Profetas”: estátuas corroídas por poeira da minera??o em Congonhas (MG) — Foto: Reprodu??o/GloboNews

'Empoeira muito'

Moradores de Congonhas também reclamam dos problemas causados pela polui??o do ar, devido à poeira na cidade.

"Empoeira muito. Quem tem alergias e tudo, nesses dias de muito vento é complicado", relata uma moradora.

Ant?nio Carlos Andrade destaca os males para a saúde da popula??o, especialmente, às crian?as.

“Tem que a ver um meio de eliminar essa poeira porque essas crian?as que est?o vindo hoje, já tem tantos problemas ainda tem que encarar essa poeira cada vez mais", diz o aposentado.

2 de 3 Poeira que sai da base do monumento devido à poeira em Congonhas (MG) — Foto: Reprodu??o/GloboNews

Quais s?o os desafios e solu??es para a poeira em Congonhas?

Ao Cidades e Solu??es, a CSN Minera??o afirma ter medidas rigorosas para mitigar a emiss?o de poeira (veja nota abaixo), mas os especialistas questionam a eficácia dessas medidas.

A culpa n?o é do vento. Vento sempre existiu na Terra, né? O problema é que a gente está destruindo. A gente está tirando a vegeta??o. Muitas dessas áreas onde tem minas aqui hoje era mata atlantica ou cerrado, ou zona de transi??o, ou nosso campo de altitude. Isso aí tudo foi dizimado, ent?o 40% do território de Congonhas, hoje ele está praticamente em área desnuda", destaca o especialista em minera??o, Sandoval de Souza.

Para o professor do IFMG, Daniel Neri é necessário equilibrar o desenvolvimento da minera??o com a preserva??o da saúde e do meio ambiente.

"Ora, se a gente tem um problema que impacta uma cidade do porte da cidade de Congonhas, a gente n?o pode mais licenciar projetos de expans?o da minera??o. A gente precisa preservar a saúde. A gente precisa precisa preservar a vida das pessoas".

3 de 3 Barragem em Congonhas (MG) — Foto: Reprodu??o/GloboNews

Veja a nota da CSN Minera??o

Sobre os efeitos da minera??o na cidade de Congonhas, a CSN respondeu ao Cidades e Solu??es por email. Veja a nota abaixo:

“A CSN Minera??o refor?a que o cuidado com o meio ambiente e o respeito às comunidades s?o valores inegociáveis para a Companhia. Neste sentido, possuímos um rígido controle para mitigar eventual emiss?o de poeira decorrendo inclusive dos efeitos sinérgicos relacionados à presen?a de outras mineradoras da regi?o.

Todas as nossas a??es de mitiga??o s?o periodicamente apresentados ao “Comitê Comunidades”, fórum criado para apresentar e debater o que é feito pela empresa com representantes das comunidades e sociedade civil.

Já sobre a quest?o da conserva??o dos profetas, refutamos qualquer impacto das nossas opera??es sobre estas. Cabe destacar que s?o esculturas históricas expostas à a??o do tempo, agentes biológicos, como fungos e líquens, que sem a devida conserva??o podem sofrer um desgaste natural. Cabe ao poder público a preserva??o destes bens.”

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Veja a íntegra do programa no vídeo abaixo: