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Empreendedores recebem aval do Sebrae para contrata??o de crédito

1 de 3 SEBRAE — Foto: Divulga??o

Fazer do ??odecréfiltro quinalim?o uma limonada parece estar no DNA da família Camilo, de Ara?atuba-SP. Pelo menos foi o que aconteceu há vinte anos, quando Dona Isabel, costureira, decidiu criar uma linha de lingeries e moda praia que atendesse aos seus padr?es físicos, diferentes do que o mercado oferecia. “N?o havia como usar pe?as de tamanhos distintos: tudo era P, M ou G. Por isso, minha m?e criou pe?as que levassem em conta n?o as medidas de um manequim, mas as do corpo de uma mulher”, relata a filha e parceira Natália Camilo. Em pouco tempo, Isabel acertou a m?o e uma onda de mulheres com as mesmas necessidades passou a consumir seus produtos, dando origem ao que, no futuro, seria a exportadora de moda praia e fitness Naty Moda Praia.

Mas é claro que do início do empreendimento aos dias atuais, muita história, lutas, erros e acertos fizeram parte da trajetória da família. A come?ar pelo processo de profissionaliza??o da empresa, que ocorreu em 2019, quando Natália decidiu entrar no negócio. Depois de 18 anos atuando em empresas privadas, tornou-se sócia da confec??o e trouxe com ela o apoio do Sebrae. “Minha m?e era uma mulher de produ??o, de m?o na massa, e embora já tivesse uma loja física, precisava do apoio técnico que encontramos no Sebrae. Nos aprofundamos em aspectos de gest?o, finan?as, marketing, compras, precifica??o... O Sebrae era, e continua sendo, nosso grande parceiro”, conta a empreendedora.

Foi a partir de uma consultoria baseada na capacidade produtiva, de estoque e financeira que o Sebrae sinalizou que a Naty Moda Praia estava preparada para a abertura da segunda loja. Juntaram-se à sociedade o pai Reginaldo e a irm? Nayara, e a família Camilo abriu a segunda unidade em um bairro central de Ara?atuba. E foi nesse momento que a capacidade de transformar adversidades em oportunidades fez a diferen?a mais uma vez. Durante a pandemia, a empresa passou a focar na fabrica??o de máscaras, jalecos, roupas de ciclismo e atravessou o período com certa tranquilidade. Tanto que, mesmo em meio à crise, a família decidiu abrir uma terceira loja e em 20 dias ela passou a funcionar. “Fizemos tudo rápido demais e, dessa vez, sem a consultoria do Sebrae. Os negócios acabaram n?o indo t?o bem quanto imaginávamos, devido ao reaquecimento da pandemia, fatores sazonais e de conjuntura, e nos endividamos com cart?o de crédito e cheque especial”, revela Natália.

Nesse momento, a empresária procurou o apoio do Sebrae e conheceu o Fundo de Aval da Micro e Pequena Empresa (Fampe). “Nosso objetivo é atuar como avalista complementar de opera??es de crédito entre o micro ou pequeno empreendedor e a institui??o financeira, que sempre pede garantias. Muitas vezes, além de garantias físicas, como um carro, um imóvel ou mesmo maquinário, o banco pede o aval de sócios ou pessoas que se comprometam a honrar a dívida, caso haja inadimplência. é aí que nós entramos.” explica Adalberto Luiz, coordenador do núcleo de Garantias do Sebrae Nacional.

2 de 3 A família Camilo: Natália, Nayara, Isabel e Reginaldo. — Foto: Ana Letícia da Silva.

A partir do aval do Fampe, Natália conseguiu um empréstimo de R$ 750 mil com carência de seis meses, e regularizou as dívidas do negócio. Depois da pandemia, come?aram a produzir moda fitness, que n?o depende de sazonalidade, e a exportar moda praia para a Europa durante o inverno brasileiro, incrementando as vendas. e Recentemente realizaram o primeiro desfile da marca. “Esse desfile coroa o novo momento da nossa empresa. Queremos expandir a produ??o e exportar nossos produtos para outros países. Tudo, sempre, com o apoio e a consultoria do Sebrae”, completa Natália.

Aval para seguir em frente

Marcelo Chaves, um dos quatro sócios da Gráfica Completa, de Belo Horizonte-MG, conta que o apoio do Fampe veio no momento mais crítico da trajetória de 20 anos de sua empresa: a pandemia de Covid-19. “Estávamos experimentando um crescimento interessante, até que com a pandemia o trabalho escasseou. De uma hora para outra, n?o tínhamos mais receita, e as despesas n?o paravam de chegar. Para manter as portas da empresa abertas, precisamos demitir dez funcionários, e só foi possível honrar todas as rescis?es por conta do empréstimo de R$ 100 mil que contratamos com o aval do Fampe. Tivemos seis meses de carência para come?ar a nos organizar e isso foi muito importante para a estratégia de negócio”, explica Marcelo. Atualmente, a empresa se mantém financeiramente estável e já aumentou novamente o quadro de funcionários. “é recompensador sentir o apoio de uma institui??o como o Sebrae quando mais precisamos. Ter essa parceria faz toda a diferen?a”, complementa o empresário.

3 de 3 Marcelo Chaves — Foto: Acervo Pessoal.

Crédito orientado e assistido

T?o importante quanto conseguir crédito para crescer é saber usá-lo da maneira adequada e no momento certo. Para garantir que os micros e pequenos empreendedores tomem decis?es conscientes e acertadas para os seus negócios, o Sebrae conta com o programa Crédito Orientado e Assistido. “Trata-se de uma assistência oferecida ao empreendedor por meio de ferramentas, orienta??es e consultorias antes, durante e depois da tomada do crédito. Por meio de diversas ferramentas e orientamos sobre o tipo de crédito para ser contratado de acordo com a finalidade. Nós ajudamos na concess?o por meio do Fampe e apoiamos na administra??o do recurso, para garantir que ele seja usado na finalidade para a qual foi contratado e pago sem atrasos”, explica Weniston Abreu, coordenador de Educa??o e Orienta??o Financeira do Sebrae.

Para ter acesso ao programa, o empreendedor acessa o site e seleciona o conteúdo de acordo com o momento de vida da sua empresa. Ele pode ter orienta??es sobre como regularizar eventuais pendências para ter acesso ao crédito, conhece as parcerias com institui??es financeiras e, após a contrata??o, recebe assistência para manter as parcelas em dia. “A qualquer sinal de inadimplência, o empresário pode nos contatar para que, juntos, cheguemos à melhor op??o”, garante Weniston.

Até outubro de 2022, o Fampe avalizou mais de 552 mil opera??es, viabilizando quase R$ 30 bilh?es em crédito bancário. Destes, cerca de R$ 21,5 bilh?es para os pequenos negócios. “Fazemos isso porque um dos maiores impeditivos de crescimento para os pequenos negócios é a falta de aval para a tomada de crédito. Queremos ser um facilitador, mostrando que acreditamos no potencial de transforma??o do micro e do pequeno empresário brasileiro.”, finaliza Adalberto Luiz.

Se você precisa de crédito para crescer, encontre a melhor alternativa com o apoio do Sebrae. Acesse nossos canais pela internet ou visite nossa unidade física mais próxima.