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Professora é investigada por injúria racial contra aluna em Araraquara

Uma professora da Escola Estadual Professora Angeli Lia Rolfsen,éinvestigadaporinjúque hora corre a lotofácil em Araraquara (SP), está sendo investigada pela Polícia Civil por injúria racial.

O caso envolve uma aluna adolescente e também uma funcionária da unidade.

A ocorrência foi registrada na quarta-feira (3), após uma vigilante da unidade denunciar a conduta da professora durante um episódio ligado a um ato racista cometido por um aluno contra uma colega.

Uma professora da Escola Estadual Professora Angeli Lia Rolfsen, em Araraquara (SP), está sendo investigada pela Polícia Civil por injúria racial. O caso envolve uma aluna adolescente e também uma funcionária da unidade.

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A ocorrência foi registrada na quarta-feira (3), após uma vigilante da unidade denunciar a conduta da professora durante um episódio ligado a um ato racista cometido por um aluno contra uma colega.

Segundo o boletim de ocorrência, a Secretaria da Educa??o do estado de S?o Paulo informou que o vínculo da professora com a rede foi encerrado.

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Entenda o caso

A situa??o teve início no dia 28 de agosto, quando uma vigilante da escola, que é negra, presenciou um aluno fazendo gestos imitando um macaco para outra aluna, de 14 anos, também negra.

Nessa hora, a vigilante interveio e levou o estudante para a diretoria, enquanto uma professora presente na sala tomou conhecimento do ocorrido.

No dia seguinte, a vigilante relatou que, ao passar pela sala dos professores, viu a mesma professora contando a história aos colegas em "tom de deboche".

Ao perceber a desaprova??o, a vigilante disse que "fechou a cara" para a cena. Nesse momento, a professora teria dito a seguinte frase: “você tinha que ver sua cara, ficou até branca”.

De acordo com o que foi apurado, na última ter?a-feira (2), ambas foram chamadas à diretoria para esclarecer os fatos.

Na ocasi?o, a professora alegou que estava apenas "brincando", mas a vigilante afirmou que n?o admitia esse tipo de brincadeira.

"Ela me perguntou se é uma macaca"

1 de 1 Denúncia de injúria racial é apurada pela Polícia Civil em Araraquara — Foto: Reprodu??o/ EPTV Central

Em entrevista à EPTV Central, afiliada da TV Globo, a m?e da aluna vítima dos atos racistas, que preferiu n?o se identificar, contou que a filha ficou profundamente abalada.

“Ela me perguntava por que fizeram isso com ela. Ela me perguntou se ela realmente n?o é uma macaca. Eu falei, ‘filha, você n?o é uma macaca’. Você é um ser humano como qualquer pessoa”, desabafou a m?e.

A m?e também relatou que a filha sofre preconceito na escola há cerca de dois anos e que o envolvimento da professora só veio à tona gra?as à atitude da vigilante.

“Se n?o fosse ela falar, os dois alunos iam levar a culpa, somente, pelo racismo. A diretora da escola, em momento algum, falou que tinha uma terceira pessoa no meio”, afirmou.

Ainda segunda a reportagem, a adolescente n?o retornou à escola e sua m?e planeja mudá-la de institui??o.

O que dizem as autoridades

Em nota, a Unidade Regional de Ensino (URE) de Araraquara informou que "repudia toda e qualquer forma de discrimina??o ou racismo, dentro ou fora do ambiente escolar".

A pasta confirmou a instaura??o de uma apura??o preliminar e o encerramento do vínculo da docente com a rede. Os responsáveis pelos estudantes envolvidos também foram convocados e informados sobre as medidas disciplinares adotadas.

O caso foi registrado na plataforma do Programa de Melhoria da Convivência e Prote??o Escolar (Conviva SP), e um profissional do programa Psicólogos nas Escolas foi designado para acompanhar a estudante e a funcionária.

A equipe pedagógica também receberá apoio para desenvolver a??es de combate ao racismo com a comunidade escolar.

Já a Secretaria da Seguran?a Pública (SSP), informou que "o caso é investigado pela Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Araraquara, que está dedicada à coleta de depoimentos e de outros elementos que auxiliem no esclarecimento dos fatos".

A polícia também apura uma ocorrência de ato infracional envolvendo o aluno. Demais detalhes ser?o preservados por envolver menor de idade.

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